A participação e o protagonismo das mulheres do sul global e dos povos indígenas na ação climática são essenciais para construir soluções verdadeiramente inclusivas e sustentáveis.
A participação e o protagonismo das mulheres e populações racializadas (como afrodescendentes, indígenas e comunidades tradicionais) do sul global na ação climática são essenciais para construir soluções verdadeiramente inclusivas e sustentáveis.
No contexto de eventos globais como o G20 e COP29, são essas vozes que trazem conhecimentos ancestrais e perspectivas únicas sobre a relação entre as pessoas e a natureza. São as mulheres e populações racializadas que estão na linha de frente dos impactos da mudança climática, e sua resiliência, experiência e liderança traçam caminhos transformadores para uma justiça climática para todas as pessoas e para o planeta.
Amplificar suas vozes nesses espaços não só enriquece o debate global, mas também promove a ação climática com um enfoque diverso, que respeita aos direitos humanos e com o olhar voltado para um futuro justo e sustentável.
A presença da equipe da Hivos no G20 Social, no Rio de Janeiro, e na COP29, em Baku, representa uma oportunidade importante para fortalecer o papel estratégico da Hivos como conector de movimentos e impulsionador de alianças no sul global. Esses eventos permitirão visibilizar nossos projetos realizados no Brasil e contribuir para a construção da estratégia da Jornada até Belém COP30, reafirmando nosso compromisso com a justiça social e climática.
Nossa Participação no G20
A equipe da Hivos no Brasil tem o prazer de anunciar um evento paralelo ao G20, coincidindo com a conferência oficial que acontecerá no Rio de Janeiro. O evento paralelo, chamado «Transição Justa e Emergência Climática: O Papel e a Liderança das Mulheres no Sul Global», é organizado pela Hivos, em parceria com o Instituto Equit, ACESA e Akina Mama wa Afrika. Neste evento, discutiremos a importância das soluções lideradas por mulheres do Sul Global para promover uma transição justa e enfrentar a emergência climática.
Especialistas e líderes de diversas organizações compartilharão suas experiências e práticas locais, explorando temas que vão desde a economia feminina até a governança global. Também será lançado um novo estudo sobre a ação climática feminista interseccional. Dentre as painelistas teremos Graciela Rodrigues do Instituto Equit, Vanessa Cristina da ACESA, Mariana Galdino do Instituto Decodifica, Essia Guezzi da Hivos Tunísia e Faith Lumonya da Akina Mama wa Afrika.
Nossa Participação na COP29: Jornada até Belém
Nossos esforços no Brasil visam construir uma jornada até Belém que aborde os desafios globais, permanecendo enraizada no contexto local. Acreditamos que, ao criar uma agenda comum, podemos unir diversos territórios, regiões e movimentos, alinhando políticas que enfrentam diretamente a crise climática, ao mesmo tempo em que abordamos as injustiças climáticas de gênero e raça inerentes aos impactos climáticos.
Nossos programas em Justiça Climática
A mudança climática é um problema político, social e ético, mais do que puramente ambiental. É causada por um modelo econômico insustentável que gradualmente desestabiliza tudo o que precisamos e desejamos, além de distribuir a riqueza e o poder de forma desigual no mundo. Ao mesmo tempo, agrava a desigualdade ao afetar mais aqueles que têm menos responsabilidade. Os povos e países de baixa renda, com longas histórias de opressão, são os que enfrentam os piores impactos das mudanças climáticas, apesar de serem os que menos contribuíram para causá-las.
Nesse contexto, a Hivos trabalha com grupos de direitos fundamentais e movimentos sociais do Sul Global para colocar suas prioridades e representatividade no centro da ação climática global. Com o estabelecimento de alianças entre múltiplas partes interessadas e baseando-se em nossa trajetória, buscamos promover a justiça climática, concentrando-nos em intervenções políticas, financeiras e comportamentais que desencadeiem os pontos de inflexão para uma mudança social positiva e transformadora.
Vozes pela Ação Climática (VAC)
Por meio do programa VAC, a Hivos desenvolve capacidade para mais de 40 organizações da sociedade civil, incluindo Povos Indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e locais, para liderarem a luta contra as mudanças climáticas. Trabalhamos para amplificar suas vozes em espaços nacionais e globais, garantindo que seu conhecimento e resiliência sejam centrais no desenho de soluções climáticas inclusivas. Ao construir alianças estratégicas com artivistas e lideranças, fornecemos a essas comunidades as plataformas e recursos necessários para influenciar políticas climáticas e moldar futuros sustentáveis e justos.
Meninas do Mundo Fazendo Mudanças
O projeto MANAS, ou G2C2, tem como foco posicionar jovens mulheres e meninas no Brasil, Indonésia, Uganda e Nepal como protagonistas na ação climática. Através do desenvolvimento de liderança, treinamento em advocacy e criação de espaços seguros para colaboração, o MANAS amplifica as vozes de jovens lideranças no movimento por justiça climática. Conectamos seus esforços locais com ações em diferentes países, trabalhando na construção de uma agenda de ações global comum rumo à COP30, investindo em suas ideias inovadoras para criar uma resposta justa e equitativa à crise climática.
A Rota da Saúde na Amazônia e as Mudanças Climáticas
O projeto visa identificar como as mudanças climáticas afetam a saúde dos Povos Indígenas (Kraho e Gavião), por meio de uma análise dos desafios, percepções, conhecimentos e melhores práticas locais. Promovendo diálogos interculturais e medidas de adaptação que contribuem para a melhoria da saúde dos Povos Indígenas. Com essas ações, fomentamos a disseminação dos resultados obtidos e lições aprendidas com o propósito de mobilizar ações e propor políticas que os beneficiem.
Iniciativa Futuros Feministas
A iniciativa conecta jovens lideranças do Brasil, promovendo o diálogo entre grupos racializados, comunidades tradicionais e locais, e periferias urbanas. Defende políticas públicas inclusivas e maior financiamento para iniciativas climáticas lideradas por mulheres. Acreditamos que ao reunir comunidades diversas e promover o diálogo intergeracional, fortalecemos a liderança das jovens mulheres na ação climática. Essa iniciativa também busca atuar com iniciativas de mulheres conectadas com a economia do cuidado e com uma transição econômica justa.